CIDADE DO HUAMBO - A VENEZA ANGOLANA....

domingo, 28 de novembro de 2010

Relato da escravidão em romance de João Portelinha
05:07

Um romance histórico que mistura ficção e realidade, assim define o autor do livro O Dia que um Ngola Descobriu Portugal, o professor João Rodrigues Portelinha da Silva. O livro tem como tema central o relato da escravidão em Angola e no Brasil, sendo a personagem central a formosa e lendária rainha Njinga Mbandi e o Nganga Nzumba (Zumbi dos Palmares), que, na ficção, são mãe e filho, mas que na realidade, embora não sejam, viveram na mesma época e têm a mesma origem. Herança cultural No livro, o autor comenta que tentou ilustrar a relação forte existente entre os povos angolanos e brasileiros. “Angola é a mãe preta que amamentou culturalmente o Brasil e o colocou ao colo através das mucamas”, diz o escritor. Portelinha revela que a obra é fruto de um projeto que o acompanhava desde a juventude. “Sonhava em ter um navio e nele colocar todas as pessoas provenientes de países que foram colonizados por Portugal. Levaria-os até Portugal e lá diria que essas pessoas teriam descoberto Portugal.” Ele conta que desde o começo da obra teve ambição de reproduzir com realismo o que foi o comércio de escravos da maneira mais verídica e completa, buscando evitar banalidades. A obra, segundo ele, é feita de observação puramente naturalista, com uma ampla parte psicológica das ações, bem como sentimentos dos personagens que retratou. O lançamento do livro O Dia que um Ngola Descobriu Portugal ocorreu na última segunda-feira, no Anfiteatro do Campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Palmas. Segundo Portelinha, o livro também foi lançado no início deste mês, no Clube Naval e das Nações, em Brasília, com a presença do corpo diplomático creditado no Brasil. Escritor Formado em Direito pela Universidade Antônio Agostinho Neto em Angola (primeira turma formada pós-independência) e em Ciências Políticas pelo Instituto Wilhelm Pieck - Berlim, João Rodrigues Portelinha da Silva possui mestrado em Filosofia do Direito pela Academia de Ciências Sociais, Sofia - Bulgária. Doutorado em Sociologia do Estado e Sociedade pela UnB - Universidade Nacional de Brasília. Entre outros vários títulos que acumula, ele teve uma experiência expressiva na África. Foi chefe do ATM do Governo Provincial do Huambo, diretor Jurídico do Comissariado Provincial do Huambo, docente da Escola Nac. do Partido, chefe de Cátedra de Ciências Sociais da Pré-Academia Militar do Huambo. É presidente da Associação dos Naturais e Amigos da África em Palmas, Brasil. É membro da Associação dos Naturais e Amigos de Angola no Brasil e presidente da Academia Palmense de Letras. Além disso, tem vários livros e ensaios publicados de Literatura, Direito, Ciência Política, História e Sociologia Jurídica. Tem atuado, também, como analista político em programas na TV e jornais locais e nacionais.



http://www.jornaldotocantins.com.br/anteriores/25nov2010/artevida/5.htm



Fonte: Jornal do Tocantins



Autor: Redação

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PORTELINHA LANÇA LIVRO NA UFT
Mesa-redonda discutirá política pública para quilombolas e cotas na UFT
Por Samuel Lima e José Filho
22 de novembro de 2010
Hoje a noite, no Anfiteatro do Campus da UFT em Palmas, ocorrerá um mesa-redonda que abordará "Políticas Públicas para a população quilombola e cotas na UFT". O evento começa às 19h30 e deverá contar com a presença do reitor Alan Barbiero, e do subsecretário de Ações Afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), João Carlos Nogueira; o professor Élson Santos (UFT) mediará a mesa-redonda.
O evento faz parte da programação do Seminário da Consciência Negra: fórum de políticas públicas, iniciado no último dia 19 e que trata de diversos assuntos, indo da História da África; Políticas públicas para quilombolas e cotas; até Educação, Raça e Sexualidade e Dimensionamentos de Sociabilidades Negras no Brasil Contemporâneo. A programação prossegue até 25 de novembro, nos campi da Universidade Federal do Tocantins de Palmas e Porto Nacional, e ainda no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO).
O Seminário acontece por ocasião das comemorações do Dia da Consciência Negra - celebrado em 20 de Novembro no Brasil. A data é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral. O encontro é uma realização do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB/UFT) e conta com apoio do Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Étnicorracial (Ceppir).

Acesse aqui a programação completa do Seminário da Consciência Negra.
Livro - Durante a programação desta segunda-feira (22), o professor João Rodrigues Portelinha da Silva, do colegiado de Direito, lançará o seu livro "O Dia que um Ngola Descobriu Portugal". O livro, um romance, tem como tema o relato da escravidão em Angola e no Brasil.

De acordo com a cantora, atriz, apresentadora e crítica de literatura angolana-brasileira, Helga Féti, o livro do professor Portelinha, como é conhecido na UFT, reproduz com realismo o que foi "o infame comércio de escravos, de maneira mais verídica e mais completa e nos mínimos detalhes, sem buscar evitar o que pudesse haver de banal ou mesmo de desagradável em tudo quanto lhe impressionara sobre a escravidão do seu continente e das duas terras que ama de paixão: Angola, a mãe preta, e o Brasil, seu filho mestiço", diz. Na ocasião, o livro será apresentado pelo poeta e Vice- presidente da Academia Palmense de Letras. Osmar Casagrande.
Pos

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Autor Angolano, joão portelinha lança livro no Brasil, no Aniversário da Independência Nacional
Publicado: 17/11/2010 | Por: Redacção Zwela | Em: Angola, Arte e Cultura, Cultura, Literatura | Lido 13 Vezes


BRASILIA/BRASIL (ZWELA ANGOLA) - Foi um sucesso o lançamento do romance histórico o “Dia em que Um Ngola Descobriu Portugal” do escritor angolano João Portelinha d´Angola, realizado no dia 11 de Novembro no Clube Naval de Brasília e no dia 12 no Clube das Nações; dois lugares nobres da cidade, onde se comemorou o 35 ° Aniversário da Independência de Angola patrocinado pela Embaixada de Angola, no Brasil. O evento foi elegantíssimo, frequentado por autoridades locais e nacionais brasileiras, angolanas e doutras nações, bem como representantes do corpo diplomático de outras nações acreditadas no Brasil.

Estavam presentes todos os membros do corpo diplomático angolano no Brasil: o Embaixador, Sr. Leovigildo da Costa e Silva e a Primeira Dama, Ministra Conselheira, a Sra. Maria Eugénia de Almerilda Ferreira dos Santos, o Adido Financeiro, Sra. Marinela Inah Vicente Olavo Gamboa Alves, o Adido Administrativo, a Sra. Maria de Fátima Manuel Rodrigues Velasco, no Sector Consular, o 3º Secretário, Sr. Rodrigo de Sousa, 3º Secretário, a Sra. Teresinha Miguel Santana Viegas, Chancelaria Militar, o Sr. Rafael Daniel Catumbila – General, Sr. Arnando Baptista York – Coronel e Sr. Zina Daniel – Capitão. Na ocasião, a Senhora Ministra Conselheira fez um lindo discurso enaltecendo os ganhos da Liberdade dos angolanos, da democracia, do desenvolvimento sócio - económico de Angola e "a forma exemplar e particular como foi alcaçada a paz".

Os convidados da Embaixada e alguns amigos do autor angolano vibraram com o livro do romancista, contista, cronista e poeta da poesia essencial, que diz o máximo com o mínimo. Os convidados da Embaixada eram ilustríssimos: ministros, desembargadores, a maioria das embaixadas estavam representadas; adidos militares, culturais, de imprensa e comércio e suas respectivas damas, conselheiros das embaixadas, poetas, escritores e artistas da região estiveram presentes congratulando-se com mais um aniversário da independência da jovem e mais prospera nação africana, Angola.

O destaque foi o Ministro da Defesa Nelson Jobim, o primeiro a comprar o livro do autor, o Ministro da Integração Racial, ministros do Supremo Tribunal, Procurador da República de Angola, Embaixador da Palestina, Ibrahim Al Zeben, Embaixador de Marrocos, o Senhor Mohamed Louafa e esposa, Conselheiro da Embaixada de Timor-Leste, Embaixador dos EUA e sua esposa, Nelson de Magalhães Peres, da Corte Arbitral do Brasil, Embaixador da Grécia Dimitri Alexandrakis, António Alexandro, Primeiro Conselheiro Comercial da Embaixada da Itália, doutor Rodrigo. Bernardo de Sousa, altas patentes do exército e da aeronáutica do Brasil, estudantes e angolanos radicados no Brasil. No entanto, quem não passou despercebido foi o ilustríssimo casal e convidados especiais, o famoso aviador solitário Gérald Móss e sua simpática esposa Margi Móss que nasceu em Nairobi, no Quênia, onde teve uma infância de sonhos com aquelas paisagens exibidas no filme “Out of África” – Entre Dois Amores -, como pano de fundo. Moraram em vários países, encantaram-se de vez pelo Rio de Janeiro e se naturalizaram brasileiros. Em 2006, para ficarem mais perto da Amazônia e bem no centro do país, o famoso casal fez o impensável: mudou-se do Rio de Janeiro para Brasília.

Foram duas noites de festa, de gala, os salões com arranjos e iluminação especiais, comes e bebes “à la vonté” da melhor culinária angolana, francesa e italiana, os melhores vinhos importados. Na segunda festa, no Clube das Nações, mais para jovens, veio um DJ de propósito de Angola para abrilhantar o evento com músicas angolanas como kizomba, Semba, Kuduro, algumas músicas de Carlos Lamartine com novos arranjos e músicas modernas das nações aí representadas

O lançamento do livro do poeta e escritor João Portelinha foi uma atração aparte e especial. O seu primeiro romance, lançado quinta-feira e sexta-feira, nos Clubes Naval e das Nações, fala da epopéia da histórica rainha Njinga e de Nganga Zumba, filho da rainha angolana na ficção, que depois de uma luta aguerrida contra luso-brasileiros e holandeses consegue um navio e descobre Portugal! O gosto do autor pela literatura nasceu, antes de tudo, do prazer da leitura. A escrita, no entanto, foi acontecendo aos poucos, principalmente por meio dos estímulos de sua mãe Rosa Portelinha, poetisa e do escritor já falecido, Fernando Alvarenga, que foi seu professor de língua portuguesa no ensino secundário. “Quando criança, sempre estive em companhia de livros. O incentivo quase sempre vinha da minha mãe que me comprava livros de presente. Nas férias de fim de ano, em Luanda, na casa de minha tia, preferia à leitura aos passeios na capital. Meus pais ficavam sempre aborrecidos comigo, porque passava o dia todo lendo." Afirma.

A apresentação do livro foi feita pelo renomado professor de Literatura Africana de expressão portuguesa, Doutor João Ferreira, prefaciador do seu livro anterior, também lançado na Embaixada de Angola em 1998, no Brasil, intitulado: “Crônicas de Risos e Lágrimas - Sentir a Terra nas Vozes Populares”.

Depropósito deixamos para o final o nome do renomado cantor e antigo combatente angolano, o Adido Cultural da Embaixada de Angola, no Brasil, Carlos Lamartine, que foi sem dúvida incansável e primoroso organizador dos dois inesquecíveis eventos alusivos a efeméride e que, incansavelmente, fazia questão de pessoalmente transportar e expor as valorosas e belíssimas pinturas e peças de artesanato da rica cultura angolana, ora num ora noutro clube, onde foram realizadas as duas mais lindas festas de comemoração da Independência de Angola em terras brasileiras.

REDACÇÃO ZWELA ANGOLA